sábado, 6 de fevereiro de 2010

Imaginário XLIII - Imaginário?

A - Olha...olha! Bons olhos te vejam!!

(tradução: dassss, que é que estás aqui a fazer??? Encontros inesperados, twilight zone moment)

B - Epá... estava longe... bom dia! Por aqui?

(tradução: Wtf? Agora já não dá pra virar costas. sorrir, sorrir, vá lá sorri.)

A - É verdade! E tu? Por aqui??

(tradução: Olha o meu ar "surpreendido"... eu com tanta pressa, espero que não comecemos com conversas da treta.)

B - Pois pá, diz que quem é vivo sempre aparece, não é verdade?

(tradução: 5 minutinhos de conversa deve chegar, espero. Umas quantas redundâncias e passa depressa.)

A - Pois é, pois é... Epá estás na mesma!

(tradução: Fogo, já te viste bem ao espelho?)

B - Na... não digas isso: uns quilitos a mais, uns brancos já bem enraizados... o tempo passa por aqui. Mas olha que tu... ninguém diria que passaram quê? ... 15 anos?

(tradução: Mas não tens olhos na cara? Engordei à brava! Só podes estar a gozar...)

A - Não mais, mais... mas olha que por aqui o caruncho também já atacou. Então e conta lá as novidades! Tens miúdos? Os teus pais? Os teus avós ainda são vivos? Os teus irmãos, tios... e o resto do pessoal?

(tradução: Afinal vai ser rápido, já estamos na fase de perguntar pelos adjacentes. Ufffffffff)


B - Os meus miúdos já são graúdos, ela não quis estudar mas instalou-se bem num negócio de artesanato, é uma artista nata, ele seguiu engenharia e lá anda com a cabeça enfiada nos livros, a avó já lá está, o avô aguenta-se, obrigada. De resto tudo bem, pais tios, irmãos, sobrinhos... E os teus?

(tradução: Deves ter muito que ver com isso, deves. Quando te liguei a dar as boas novas nem respondeste à mensagem que te deixei no gravador de voz, sim, porque não te dignaste a atender!)

A - Eu fui fazendo montes de coisas, nunca assentei.

(tradução: Epá, não me apatece nada mesmo nada prolongar este sofrimento...)

B - Ahh, pois, compreendo. E fazes o quê agora?

(tradução: Ya, a vida deve ter-te corrido mesmo bem, ya, "nunca assentei"... boa desculpa para quem não quer dizer que ninguém te quis, essa é que é essa. )

A - Nada. Quero dizer, nada de importante. E tu?

(tradução: Deves estar à espera, deves. Pois se não dizes eu também não digo.)

B - Olha, o mesmo!

(tradução: Bem, parece que vamos começar a tocar a mesma tecla.)

A - Pois é, pois é... mais de 15 anos... o tempo passa caramba!

(tradução: O tempo passa, estes 5 minutinhos estão a parecer uma eternidade, e se fôssemos à nossa vidinha?)

B - É verdade, é verdade, é mesmo.

(tradução: Grande seca. Mais um minutinho da praxe e vou.)

A - Estou a adorar falar contigo. Vamos ali à espalanada aproveitar o sol e pôr a conversa em dia?

(tradução: Chegou a hora de nos despedirmos, não? Já fizemos a conversa da treta e chega, certo?)

B - Adorava, adorava mas fica para outra altura. Preciso mesmo de ir.

(tradução: uffff, estava a ver que tinha que ser eu a tomar a iniciativa!)

A - Tudo bem, claro! Eu também estou com pressa. Xiii, dois dedos de conversa e as horas que já são!! Vou mesmo.

(tradução: Finalmente falamos a mesma linguagem!)

B - Realmente...! O tempo passa mesmo depressa. Bem, então a gente vê-se?

(tradução: "Vê-se" assim looooonge e nunca mais, certo?)

A - Claro! Voltamos a cruzar-nos por aqui? Venho aqui regularmente.

(tradução: É que vai ser já a seguir. Só mesmo se esbarrarmos outra vez.)

B - Oh, então encontramo-nos certamente, passo aqui a vida...

(tradução: Quer dizer que nuuunca mais?? YES!)

(Despedidas)

A e B - Até à próxima, adorei encontrar-te!

(Então até nunca mais!!)



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