Era uma vez uma cadeira, não, uma "chaise longue", esperem... um cadeirão.
Era coisa que pertencia à família há uma montanha de anos... tinha passado de geração em geração e, por vezes, nem sempre pelos melhores motivos.
Era agradável de se ter e a manutenção era fácil... mudava-se de tempos em tempos as palhinhas, lixava-se por vezes a madeira e coloca-se de novo verniz. Era uma beleza: ficava nova... de novo!
Como era coisa de família e com tradição, só lá se sentavam os "escolhidos"... ao fim do dia, normalmente, a dona da casa lia mais umas páginas do seu livro, bebericava um único copo de vinho e descansava as costas que por vezes lhe doiam sem saber muito bem porque seria.
Ai de quem tivesse a ousadia de sentar sem ser, préviamente convidado... era bronca pela certa... E houve muitas! Chegou até a ser alvo de discussão entre irmãos, namorados e outras pessoas da família...
Depois como não duramos para sempre, os filhos foram esquecendo a tradição e o significado daquele cadeirão... Foi vendido em hasta pública, colocado num sitio comercial e hoje, qualquer "bicho careto" lá se senta!
A tradição? A tradição já não é o que era!
4 sakês:
Há que manter a tradição. Eu gosto de tradições. MAs tens razão, as tradições já não são o que eram.
Talvez porque não tenham sido bem passadas? Talvez porque lhes falta o elo principal.
Who knows??
:)
**
Eu também gostava da tradição... muitas ainda se mantêem na minha família por pura teimosia (e, cá pra nós que ninguém nos lê) ainda bem.
Depois há tradições que ao ver perdidas apenas já só medeixam triste... por que afinal, para certas pessoas, aquilo não era tradição, não tinha o tal do elo, ou sequer, a tal representação, era apenas uma forma de "chatear o miolo" ao próximo!
Porquê? Who knows... provavelmente porque são malucos e vivem para isso: "aborrecer a molécula"!!!!
;)
Quem é que não lê?
A tradição já não émesmo o que era, mas fora das fronteiras da minha casa, aqui continuamos a ter moveis de estimação, restaurados milhentas vezes, alguns infelizmente para eles, por mim, até já aconteceu adoptarmos alguns nesta e naquela loja de velharias. A tradição transcende os móveis de família e passa par ao mundo dos rituais, das comidas com dia marcado, das brincadeiras, das datas das celebrações. Eu adoro a tradição, pena que se vá achando que já não vale a pena. Coisas de quem nunca conheceu a tradição.
Bjo
Tita
A maioria não nos lê mas, também, diga-se de passagem que quando pensámos neste blog as coisas foram imaginadas para meia-dúzia de gente "sentada a uma mesa de sushi, comendo e falando alegremente" por isso não me arrelia o facto de virem cá poucas pessoas.
Claro está que para a Thunder (como já tem um blog intimista) este espaço serviu para contar histórias. Para mim, como tenho um blog mais (geralista) serviu para contar coisas mais intimistas (?!?!) e porto os outros cada um sabe de si... ;)
Quanto às tradições... concordo! Coisas de quem nunca se sentiu em casa... mesmo quando (e acima de tudo) da sua casa interior! Quem não tem raízes, nem procura tê-las é, dentro e fora de casa um "sem-abrigo do espirito" e quanto a isso: rien a faire!
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