Música com qualidade ou não, a verdade é que a banda começa a ser conhecida, quer seja na escola, no bairro ou nos cafés...quando se encontram ouvem por vezes:
“Olha, aqueles têm uma banda...”
Alguns amigos começam a assistir aos ensaios e a ouvir algumas gravações que são feitas com a aparelhagem do fundo da sala, com uma qualidade sofrível, onde mal se distingue cada instrumento, quanto mais perceber a voz, mas por força da amizade, ou por alguma outra razão, os amigos começam a gostar do que ouvem no meio do caos sonoro que sai das colunas. Amigos passam a amigos e quando dão conta, já muita gente conhece o som da banda e pergunta quando e onde os podem ver ao vivo...
“Ao vivo...?”
“Ainda não tinhamos pensado nisso, embora sonhássemos com isso...”
“Olha, aqueles têm uma banda...”
Alguns amigos começam a assistir aos ensaios e a ouvir algumas gravações que são feitas com a aparelhagem do fundo da sala, com uma qualidade sofrível, onde mal se distingue cada instrumento, quanto mais perceber a voz, mas por força da amizade, ou por alguma outra razão, os amigos começam a gostar do que ouvem no meio do caos sonoro que sai das colunas. Amigos passam a amigos e quando dão conta, já muita gente conhece o som da banda e pergunta quando e onde os podem ver ao vivo...
“Ao vivo...?”
“Ainda não tinhamos pensado nisso, embora sonhássemos com isso...”
Os preparativos para um primeiro concerto ao vivo começam a ser feitos. Contactar outra banda para saber da hipótese de tocarem juntos, o local onde acontecerá, quantas e quais as músicas a tocar, como se vai fazer a publicidade, etc...
Os ensaios começam a ser levados mais a sério, numa tentativa de aperfeiçoar o que foi feito até agora e de modo a não haver grandes falhas no momento de se apresentarem perante (algum) público. As músicas a tocar são escolhidas, a ordem das mesmas em palco e até a entrada em palco é cuidadosamente estudada...
O modo como se apresentam ao público no primeiro concerto é muito importante, quer pela boa impressão que querem (devem) mostrar à assistência, quer pela confiança que se torna necessária de transportar para futuros concertos. Os nervos aumentam na proporção inversa em que a data se aproxima e já nem conseguem pensar noutra coisa, as músicas são mais uma vez dissecadas e estudadas ao pormenor para assegurar uma boa prestação de todos os elementos. Detalhes como quantas pessoas vão estar presentes, quanto dinheiro poderão ganhar (se é que irão ganhar algum) e a quantidade de alcóol que terão para beber, assumem um papel secundário nesta experiência...
Chegou o momento mais esperado, o dia do concerto ao vivo...
3 sakês:
Yes! O ocncerto ao vivo!
Ah... olha lá, que banda é que põe em secundário o alcóol?!
Eu já vi e participei neste filme muitas vezes ao longo de 25 anos como músico, são fases divertidas agora que vistas a uma considerável distância. O meu cachet mais alto cerca de 500 euros (100 contos) por espectáculo, o mais baixo...hehehe foi num concerto em 1993 no Europa no Cais do Sodré, tocámos à percentagem, a casa encheu mas disseram-nos que eram tudo amigos da casa e que não pagaram entrada, as condições foram péssimas do princípio ao fim e para terminar recebemos um cheque de 2 contos para a banda toda he he he. Ainda hoje nos rimos dessa história, acho que nem levantámos o cheque. Isto aconteceu com um projecto chamado Moloc em que o único profissional era eu.
Obrigado pelo comentário no meu blog e fico feliz em saber que existem músicos que pensam como eu em termos de profissionalismo. A minha maior mágoa enquanto músico é que a maior parte dos meus companheiros de aventuras eram desleixados pois bêbados é considerado estado normal.
Abraço
Sim afgane, isso de n receber ou ir tocar por quantias ridiculas é mesmo um mau hábito que foi criado...
@Thunderlady: sim, se a banda tiver juizo...sabes q ja bebi bastante em dias de concerto, mas normalmente antes de ir para o palco estou em condiçoes... ;)
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