Naquele dia ela saiu de casa confiante, sentia-se capaz de conquistar o mundo.
De manhã acordou antes do despertador, ansiosa de saltar da cama, feliz por ter acordado, sorridente.
Um espreguiçar mais prolongado que o normal e levantou-se, dirigindo-se à janela. O sol a nascer proporcionava-lhe um espectáculo que raramente observava. Demorou-se com a mão na cortina a ver o crepúsculo transformar-se em dia e a ver aquela massa laranja erguer-se lentamente atrás da colina.
Enfiou-se no poliban e abriu a torneira arrepiando-se com o frio inicial da água que logo a seguir correu tépida pelo seu corpo abaixo.
Invariavelmente demorou-se a sentir a água na cabeça a correr pelo pescoço e costas, virou-se e sentiu a água na cara e pensou que raras eram as vezes em que aproveitava estes pequenos prazeres do dia-a-dia.
Ao sair do duche sabia exactamente o que lhe apetecia vestir. A roupa interior nova que a fazia sentir elegante, a camisa branca mais decotada que o normal, a saia travada exactamente pelo joelho. Hoje sentia-se elegante, firme, segura. Hoje era capaz de conquistar o mundo.
Secou o cabelo esticando-o. Pôs aqueles brincos que só usava em ocasiões especiais - e hoje, por algum motivo, sentia que era especial, maquilhou-se com mais cuidado, pegou na mala, pôs um pouco de comida no aquário do Zacarias, disse-lhe "até logo peixinho!" e saiu.
O dia estava lindo e a aragem amena acariciava-lhe a pele, e instintivamente ela fechava os olhos e respirava fundo, tentando absorver o cheiro da terra pela manhã.
Ela sentia-se confiante.
No caminho para o trabalho um telefonema:
- Bom dia...
- Bom dia! Tu? A esta hora?
- Sim, eu. Surpreendida?
- Bastante...
- Então vou surpreender-te outra vez...
- Sim?...
- Queres almoçar comigo?
Ela sentia-se confiante. Naquele dia que ela nunca mais vai esquecer conquistou um mundo: o seu.
De manhã acordou antes do despertador, ansiosa de saltar da cama, feliz por ter acordado, sorridente.
Um espreguiçar mais prolongado que o normal e levantou-se, dirigindo-se à janela. O sol a nascer proporcionava-lhe um espectáculo que raramente observava. Demorou-se com a mão na cortina a ver o crepúsculo transformar-se em dia e a ver aquela massa laranja erguer-se lentamente atrás da colina.
Enfiou-se no poliban e abriu a torneira arrepiando-se com o frio inicial da água que logo a seguir correu tépida pelo seu corpo abaixo.
Invariavelmente demorou-se a sentir a água na cabeça a correr pelo pescoço e costas, virou-se e sentiu a água na cara e pensou que raras eram as vezes em que aproveitava estes pequenos prazeres do dia-a-dia.
Ao sair do duche sabia exactamente o que lhe apetecia vestir. A roupa interior nova que a fazia sentir elegante, a camisa branca mais decotada que o normal, a saia travada exactamente pelo joelho. Hoje sentia-se elegante, firme, segura. Hoje era capaz de conquistar o mundo.
Secou o cabelo esticando-o. Pôs aqueles brincos que só usava em ocasiões especiais - e hoje, por algum motivo, sentia que era especial, maquilhou-se com mais cuidado, pegou na mala, pôs um pouco de comida no aquário do Zacarias, disse-lhe "até logo peixinho!" e saiu.
O dia estava lindo e a aragem amena acariciava-lhe a pele, e instintivamente ela fechava os olhos e respirava fundo, tentando absorver o cheiro da terra pela manhã.
Ela sentia-se confiante.
No caminho para o trabalho um telefonema:
- Bom dia...
- Bom dia! Tu? A esta hora?
- Sim, eu. Surpreendida?
- Bastante...
- Então vou surpreender-te outra vez...
- Sim?...
- Queres almoçar comigo?
Ela sentia-se confiante. Naquele dia que ela nunca mais vai esquecer conquistou um mundo: o seu.
6 sakês:
Estes dias são tão bons... At+e sabem bem, não é?
Dias assim acontecem poucos, são mesmo para aproveitar!
Se pensarmos que sim, se acordarmos mais vezes, assim acontecem mais vezes.
Mais uma vez, muito agradável de ler.
Bjos
Tita
Na maioria das vezes leio o blog e não deixo comentários, mas tenho que vos dizer que está cada vez melhor!
Vocês são sem dúvida muito gentis e condescendentes comigo!
Beijos às duas e obrigada pela motivação
:)
intiresno muito, obrigado
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