terça-feira, 14 de outubro de 2008

Em Fogo 28 - O Clique

Há dias tive uma conversa com uma amiga especial acerca de um fenómeno, para mim de âmbito paranormal, chamado "clique". Agora perguntam vocês, que raio de coisa é isso do "clique"?? Pois bem, trata-se de uma sensação que nos diz se sentimos, ou não, algo mais forte (leia-se paixão, atracção ou amor) por alguém.
Confusos? Se ficaram eu entendo pois não faço a minima ideia do que seja tal fenómeno, contudo, já tive a maravilhosa oportunidade de ouvir uma frase como "Desculpa mas não senti um clique por ti". Quando ouço semelhante coisa só imagino que, para estas pessoas, quando alguém se aproxima delas e sentem o "clique" deve ressoar género sino (mas mais soft) no cérebro ou ficam com alguma musica a tocar na cabeça como por exemplor a "Power of Love" dos Frankie Goes to Hollywood.
Eu acredito tanto nesse fenómeno como no pensamento positivo repetido do livro "O Segredo" da Rhonda Byne (eu bem digo todos os dias que vou ganhar o Euromilhões mas não há meio de sair!!). Acredito em atracção, acredito em conhecimento, acredito num toque, acredito num olhar seguido de diálogo mas, um "clique" instantâneo, para mim não serve.
Eu explico: em minha opinião, o tempo ajuda a que tudo se molde e só um contacto mais estreito com a outra pessoa poderá, ou não, demonstrar que vale a pena continuar ou manter apenas a amizade (um dos luxos cada vez mais raros neste Mundo). Uma pessoa que pareça não ser o nosso género ou não ter nada em comum, numa primeira impressão, possa revelar-se ao longo do tempo o seu contrário ou não... só o conhecimento aprofundado dessa pessoa me pode dizer se vale a pena arriscar mais que a amizade.
Aquelas pessoas que dizem não sentir o "clique" e, com isso desistem de ver mais do que a amizade, fazem-me confusão... no entanto respeito-as. Será que a causa disto reside num Mundo cada vez mais veloz e onde não se pode perder tempo? Um Mundo onde conversar, trocar impressões, dialogar por horas pareça cada vez mais dificil? Um Mundo onde preferimos olhar a aparência em vez de olhar para dentro da pessoa? Um Mundo onde preferimos vir ao "Momento da Verdade" revelar o intimo para ganhar 250 mil euros em vez de falar desses assuntos com quem de direito ou ficar calados de todo?
Eu sou da opinião que devemos arriscar, lutar pelo que vale a pena, sentir sem medo e dar um passo à frente em vez de dois para trás mas, lamento, comigo o "clique" não funciona e ate acho piada a musica dos Frankie Goes to Hollywood (em doses moderadas).
Com "clique", ou sem ele, conversem, conheçam as pessoas que vos rodeiam, tentem saber mais, sejam curiosos e talvez valha a pena o esforço.
Carpe Diem.

8 sakês:

Gi disse...

O esforço de sociabilizarmos vale sempre a pena, pelo menos para tentarmos separar o trigo do joio.
A falar é que nos devíamos SEMPRE entender, mas nem sempre é possível.

Canela disse...

Li-te á pressa...

Espero ter lido bem.

A culpa é de vivermos da aparencia.
Vales o que aparentas ser e/ou ter. Mas não vales, o quanto de amor, carinho, simpatia e amizade tens dentro de ti... mesmo no fundo de ti!

Vivemos na era do clique, estamos á distancia de um clique etc...

Falamos com várias pessoas do outro lado do mundo, pela internet... no entanto não falamos com o vizinho do lado (não quero cá confianças).

Apenas uma opinião sonolenta.

:)

Brunhild disse...

Não será tanto um "clique" mas sim um "baque". Eu já senti! Alguém que conheces e mexe instantaneamente contigo. É a química! Ou será a física?!... :)
Quase sp leva a uma paixão, que é bem diferente do amor...

Com clique ou sem clique, concordo ctgo no que refere às pessoas pouco se darem a conhecer ou procurarem conhecer alguém.

bjk

Espiral disse...

Sim, eu pessoalmente percebo bem a cena do "baque", ou "clique" mas às vezes esse clique também não acontece logo, como também já me aconteceu. Mas, e eu acho que é isso que as pessoas querem dizer com o "não senti o clique por ti", significa que sabem que nunca vão sentir... porque, as pessoas em que senti o clique mais tarde são pessoas que logo a partida senti que estava em aberto... Enquanto há pessoas que "sei que nunca vou sentir nada". Acho que é por a ideia.

Beijo

Espiral

Carpe Diem disse...

Gi...

Agora é que tu disseste tudo (andavas desaparecida ou não querias comentar ultimamente?), infelizmente hj em dia o dialogo não e mt favorecido e isso é pena!!

Vivemos um Mundo de ilusões e ideias frustradas.

Beijos
Nuno.

Carpe Diem disse...

Canela...

Mesmo sonolenta foi a opinião certa e correcta do que eu queria efectivamente dizer... a evolução da tecnologia ou das ideias não nos aproxima dos outros, apenas nos afasta mais e mais...

Beijos proximos
Nuno.

Carpe Diem disse...

Brunhild...

Já muito falamos deste tema e, apesar de alguma discordância, concordamos no essencial... agora se é quimica ou fisica não sei, o que sei e que não entendo por mais que me expliquem.

Beijos operáticos
Nuno.

Carpe Diem disse...

Espiral...

Eu não entendo o conceito nem quanto mais com a conversa de "aberto" ou "fechado"...acredito sim em conhecer realmente alguém e n ficar refém de ideias pré-concebidas criadas por nós mesmos.

Beijos abertos
Nuno.


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