quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vivências 55


Mentira

do Lat. mentita, sob o influxo de mentir?
s. f.,
afirmação contrária à verdade;
falsidade;
ficção;
ilusão;
juízo errado;
indução em erro;
persuasão falsa.

As tradições éticas e alguns filósofos estão divididas quanto a se uma mentira é alguma situação permissível – Platão disse sim, enquanto Aristóteles, Santo Agostinho e Kant disseram não.
Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo antiético. Não devemos então mentir? Ou para evitar um mal maior é até requerido mentir-se?

Existem pessoas que afirmam que é com frequência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa
Grande Mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez. Esta frase foi proferida pelo Minístro da Propaganda Alemã Joseph Goebbels no Terceiro Reich.
No entanto, durante anos não se matou por Grandes mentiras? E não esses, na sua dimensão, cheios de razão para acometerem os actos mais bárbaros

A capacidade dos hominídeos de mentir é percebida cedo e quase universalmente no desenvolvimento humano e estudos de linguagem com pongídeos. Uma famosa mentira do último grupo foi quando Koko, a gorila, confrontada por seus treinadores depois de uma explosão de raiva no qual ela arrancou uma pia de aço do lugar onde ela estava presa, sinalizou na Língua de Sinais Americana, "o gato fez isso," apontando para seu pequeno gato. Não está claro se isso foi uma piada ou uma tentativa genuína de culpar seu pequeno bicho de estimação.

A psicologia evolucionária está preocupada com a teoria da mente que as pessoas empregam para simular a reação de outra a sua história e determinar se uma mentira será verossímil. O marco mais comumente citado na ascensão disso, o que é conhecido como inteligência maquiavélica, ocorre na idade humana de cerca de quatro anos e meio, quando as crianças começam a ser capazes de mentir de maneira convincente. Antes disso, elas parecem ser incapazes de compreender que todo mundo não tem a mesma visão dos eventos que elas têm – e parecem presumir que há apenas um ponto de vista — o seu próprio — que precisa ser integrado a qualquer história.

Uma razão para que a mentira possa persistir como uma estratégia em ambientes sociais é que não é a comparação dos factos contra alguma noção de verdade, mas em vez disso, a avaliação de se uma traição da confiança aconteceu ou não, que determina a resposta a uma mentira. Trocado por "miúdos" (mas nada de Casa Pia) acabamos por dar por nós a mentir, em apenas duas ocasiões: quando queremos poupar aluém de sofrimento, ou, quando alguém nos falta... à verdade... Estranho não?

E daí...


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