quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vivências 66...


Fazia tempo que não bebia um bom copo de vinho tinto...
Fazia tempo que não comia um prato inventado por mim...
Fazia tempo que não estava com alguns amigos...
Fazia tempo que não estava cansada da conversa desses amigos...
Fazia tempo que não falava do passado...
Fazia tempo que não recordava o presente...
Fazia tempo que não sabia o que era acordar de manhã e sorrir...
Fazia tempo que não sabia o que era acordar de manhã e pensar no que me tinha sucedido...
Fazia tempo em que me tinha perdido...
Fazia tempo em que já não me sabia encontrar...

Mas...
O mais infeliz de tudo é que tinha esquecido que:
Fazia tempo que não sabia o que era chorar...

E soube então, naquele momento, que aquelas teriam de ser as minhas últimas lágrimas...

Porque: agradeci-as mas, não alteravam em nada, o que tinha sucedido.

Ravi tinha razão quando dizia: "Real love, real life: brings Sadness!"

7 sakês:

CC disse...

o amor faz-nos sentir coisas maravilhosas, e ao mesmo tempo destroi..contradições desta vidaVivendo e aprendendo? não me parece, erguer do nada..sair do poço.
Largar de uma vez por todas toda a tristeza que vai no peito.
A vida não é fácil..nem vai ser fácil...

um beijo

Teresa disse...

Olá,
adorei o teu texto.

Tanto que preciso de o reler, revi-me nele aqui e ali... Levo-o comigo.

E talvez ainda volte para deixar mais umas palavras.

Beijo

Teresa disse...

Por nós mesmos e em nome do Amor, acabamos por nos perder, ao mesmo tempo que achamos, eventualmente, que nos encontramos como jamais podeira ter acontecido.

e pelo meio, há coisas que abandonamos. Mesmo que involuntariamente. Mas uqe fazem falta. e que fazem todo o sentido continuarem presentes na nossa vida, a par de outras, como o Amor. Que tanto tempo nos rouba. Que tanto nos dá. Que tanto nos tira.

No final, desaprendemos tudo.
Eu até cheguei a desaprender o que era NAO chorar. De tanto que chorei, após ter descoberto, como tu, que já não chorava há muito tempo.

Beijo grande.

Anónimo disse...

CC

A Vida nunca será fácil mas, muitas das vezes, somos nós que a complicamos por termos cegueira selecctiva.

Um abraço

Anónimo disse...

Ovo,

Agrada-me que as palavras de uma desconhecida cheguem tão "longe" em termos de sentimentos... Não gostava de ter perdido uma data de sentimentos, de crenças mas, a vida tem-se encarregue disso e, neste momento não sei se devo deixar que as coisas tomem o seu rumo ou... se teimosamente, continue a acreditar, pelo em mim!

Um forte abraço

Anónimo disse...

"Real love, real life: brings Sadness!"

Só os amores de brincar e as vidas a fingir dão alegria e felicidade???
Será porque idealizamos o amor e a vida como uma fonte inesgotável de leite e mel (ou vinho e especiarias, inebriantes)?
Será porque fechadas na nossa concha de ideias feitas, nos esquecemos de cada gesto, cada momento, cada pessoa são um todo que não é feito à nossa imagem e semelhança?

Anónimo disse...

A citação do Ravi Shankar, foi em forma de desabafo. É claro que o que é a fingir/brincar não traz felicidade mas, não creio que tudo o que seja real também só tenha de trazer dor e infelicidade...

"Será porque fechadas na nossa concha de ideias feitas, nos esquecemos de cada gesto, cada momento, cada pessoa são um todo que não é feito à nossa imagem e semelhança?" - Possivelmente sim!


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