Que momento redentor e raro este que passo convosco daquelas horas mais plácidas...
Que prazenteiros estes vossos silêncios, risos partilhados e conversas escutadas
que se vão perpetuando nas paredes ocas deste sítio e que acabam por preencher
o vazio sentido (de formas diferentes)por todas nós.
Há uma imensidão de pequenos pormenores das vossas histórias que me são
tão apelativos, tão reais, tão vividos que por vezes gostava de lá ter estado.
Os vossos prazeres mundanos certamente que não são muito diferentes
dos meus... um sitio para dormir onde não se oiça constantemente o gemer
de um colega a ressacar, um lugar onde a alimentação não seja fria e não tenha
3 dias, qualquer agasalho um pouco mais forte neste frio cortante que por vezes
se faz sentir durante a noite...
Depois... bom, depois, queríamos todos viver, viver um pouco mais,
sentir um pouco mais e sermos algo diferente daquilo que somos, somos.
O duche que corre, um cacifo que se fecha, uma chave que se entrega,
um adeus que se dá.
Um fim de dia que começa, apenas para recomeçarmos tudo de novo amanhã...
Fazemo-nos de novo à estrada na esperança de no fim do dia reencontrarmos
algum conforto, algum abraço ou beijo mais quente... não o encontramos sempre
mas no dia seguinte, o ritual repete-se e pensamos, como sempre:
"Talvez seja Hoje. Talvez Hoje me sinta Vivo!!"
3 sakês:
Seja bem regressada a esta casa, já tinha saudades de me emocionar com esta escrita preciosa que vem do coração.
Beijos
Nuno.
Obrigada... jásentia saudades de escrever... com algumsentimento!
Que saudade Me Hate, de sentir a tua sensibilidade e disponibilidade para quem sofre.
Bjos
Tita
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