Muitas vezes engoli a fúria que me ardia nos olhos
e outras tantas ao sabor de sangue aquela que corroía a alma.
Faltou-me, durante muito tempo o equilíbrio suspenso das pontes
e a sabedoria dos juncos que dobram mas, nunca quebram
Os dias passaram, os meses e os anos também e sinto, que é no silêncio de um dia "preenchido" de amor ao nosso lado e compreensão que venho ganhando, não só, mais respeito por mim como, pelo outro que ao meu lado, independentemente de tudo o que sucede, permanece! Dever-lhe-ei, sempre isso senão muito mais.
Foi portanto, contudo, inesperado que num dia de grande quantidade de tarefas e extrema azafama, tenha entendido que parte da nossa paz (e saber) reside não só no perdão mas também no esquecimento total de certas coisas e pessoas.
Incrivelmente, depois disto, um "milagre" acontece: a vida continua, sem fúria, sem sangue e com mais equilíbrio e sabedoria... Ah, e passamos a sorrir muito mais.
Nota de rodapé: Dedicado a quem nunca esqueci mas, para quem (sempre) seguiu em frente, já me esqueceu e, tristemente, nunca disse TODA a verdade... um bem haja!
e outras tantas ao sabor de sangue aquela que corroía a alma.
Faltou-me, durante muito tempo o equilíbrio suspenso das pontes
e a sabedoria dos juncos que dobram mas, nunca quebram
e, no fim, passou tempo demais, em que as lágrimas estavam... inevitavelmente, penosamente... envenenadas.
Os dias passaram, os meses e os anos também e sinto, que é no silêncio de um dia "preenchido" de amor ao nosso lado e compreensão que venho ganhando, não só, mais respeito por mim como, pelo outro que ao meu lado, independentemente de tudo o que sucede, permanece! Dever-lhe-ei, sempre isso senão muito mais.
Foi portanto, contudo, inesperado que num dia de grande quantidade de tarefas e extrema azafama, tenha entendido que parte da nossa paz (e saber) reside não só no perdão mas também no esquecimento total de certas coisas e pessoas.
Incrivelmente, depois disto, um "milagre" acontece: a vida continua, sem fúria, sem sangue e com mais equilíbrio e sabedoria... Ah, e passamos a sorrir muito mais.
Nota de rodapé: Dedicado a quem nunca esqueci mas, para quem (sempre) seguiu em frente, já me esqueceu e, tristemente, nunca disse TODA a verdade... um bem haja!
6 sakês:
O milagre espera sempre por nós...se o deixamos acontecer! Tudo se renova e no alicerce do esquecimento natural, se constrói uma nova e mais feliz forma de viver os sentimentos.
Nem sempre é alegre a noção de que estamos num lugar por substituição mas nem isso nos deve fazer menos capazes de dar e receber!
O lugar de substituição todos ocupamos mais cedo ou mais tarde... umas vezes nós, outras o outro mas, também é isso a renovação... o esquecimento passa pela vivência de novas realidades... as novas realidades constroem-se, muitas vezes com dificuldade mas... isso também é bom!
O amor é uma coisa muito bonita..., porque como diz o poema, pode ser dissociado da pessoa amada, e na tristeza da separação o amor resiste para provar a nossa humanidade. :-)
Concordo com os primeiros comentários contudo...
Nina... Lamento mas não posso concordar (no meu caso, e portanto isto só se aplicará a mim) eu sou tão mais humano quanto mais amor eu poder partilhar com alguém, de preferência, que me ame... Na separação sinto-me sempre metade daquilo que poderei vir a ser... enquanto humano!
Luke
Cá pra mim a nina tem razão, o amor é um sentimento demasiado forte e necessário à nossa humanidade. Por isso, mesmo quando sofremos por alguém, há no fundo de nós a certeza de que valeu a pena porque mais triste que "não poder dar amor a quem se ama" é não saber amar!
É claro luke que somos sempre metade quando não dividimos o que nos enche o peito com alguém a quem queremos e que nos quer...
Ana,
Começo a antever um "complot" entre ti e a a Nina... ;) No entanto tenho de concordar: mais triste do que amar e não ser amado, é não saber amar... enfim, cabeçadas da vida!
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