segunda-feira, 25 de agosto de 2008

BURACO NEGRO XIII

Imagem Google

Hoje também eu sou uma sequência de círculos de luz sugados pela infinita força da atracção de um buraco negro.
Que como todos os do universo real, não se vê.
Sabe-se que existe, sente-se o efeito mas não se pode fugir dele.

Há uma constância nesta coisa de se saber bem que eles andam por aí.
Que olhando atentamente a forma como a luz se deforma os podemos adivinhar. Mas não sabemos ou não queremos fugir deles.

Ou já nos habituámos a viver com esta atracção pelo abismo ou se tornou uma dependência perigosa gostar da força poderosa que nos agarra e que à menor hesitação nos engolirá sem apelo nem agravo.

Gostaria de dizer como o poeta "...não vou por aí".

Mas vou, vou sempre.
Pelo lado mais perigoso da estrada.
Pelo beco menos iluminado.
Pela rua que talvez não leve a lugar nenhum.

Teimosamente sou um ponto sugado, num circulo luminoso, à beira do desastre ou da redenção.

2 sakês:

Anónimo disse...

Porque VIVES porque não negas as coisas boas e as más da vida... Porque se não quiseres chorar, certamente nunca vais sorrir!

A.M.

Namaste disse...

Felizmente a vida trouxe-me sempre mais sorrisos que lágrimas, caso contrário a atracção pelo abismo era mesmo burrice...e Graças aos Deuses,
sempre soube porque ia..."por ali"!


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